Pernalonga não mora mais na floresta nem foge dos tiros de espingarda de Hortelino Troca-Letras. Agora ele vive no subúrbio, dirige um carro e o único cano que existe em sua vida é o dado no final do mês por Patolino, que nunca o ajuda a rachar o aluguel da casa. É assim, correto e um pouco careta, que a turma do “Looney Tunes” retorna a TV após mais de 40 anos sem desenhos inéditos (assista a dois minutos do primeiro episódio no vídeo ao lado).
Estreia às 19h deste domingo (7 de agosto), no Cartoon Network, “O show dos Looney Tunes”. Trata-se de uma nova série de 26 episódios inspirada no programa produzido pela Warner Bros. entre 1930 e 1969 - a Era de Ouro da animação americana -, e que popularizou uma imensa lista de personagens emblemáticos como Piu-Piu, Frajola, Taz, Ligeirinho e Gaguinho. No antigo desenho animado eles eram protagonistas de curtas próprios e, às vezes, entravam na história do outro. Agora o formato é de sitcom de 30 minutos, com cada um deles fazendo participações especiais em episódios isolados.
No novo programa, Pernalonga e Patolino moram juntos e são melhores amigos. Eles se dão bem apesar das diferenças: o primeiro é sereno, irônico e companheiro, enquanto o segundo é atrapalhado e folgado, daqueles que não paga nem a comida chinesa do delivery. Só faltou um sobrinho na história ou eles serem nerds para ficarem iguais à “Two and a half men” e “The big bang theory”, as comédias mais populares dos EUA - ambas produzidas pela Warner, por sinal.
A mudança no formato mostra que a produção está preocupada em adequar a série para o (novo) público acostumado a consumir “animações”, não “desenhos animados”. O traço dos personagens está mais infantil, semelhante ao de Genndy Tartakovsky, o autor de blockbusters recentes do canal, como “O laboratório de Dexter” e “Star wars: Guerras clônicas”.
Por outro lado o roteiro está mais adulto, recheado de diálogos e referências culturais – o primeiro episódio brinca com uma cena do filme “Superman”. A lição de moral, sempre ela, aparece ao final de cada capítulo – uma novidade nos Looney tunes, que há mais de 40 anos não tinha preocupação alguma com o politicamente correto.
Essas alterações podem desagradar àquele fã mais saudosista que passou a vida rindo com as maldades sem limites de Piu-Piu com Frajola ou com os danos que os explosivos Acme causavam nos personagens. Mas esse expectador não foi totalmente ignorado pela produção, que manteve intacto o formato de dois curtas que fizeram sucesso no programa original.
“Merrie melodies”, um musical que deu origem ao show do Looney Tunes, aparece em alguns episódios, assim como as aventuras de Coiote & Papa-Léguas. A dupla agora está recauchutada, feita em computação gráfica e com tecnologia 3D.
Só não espere por pedaços do Coiate voando na frente de seu nariz.
Estreia às 19h deste domingo (7 de agosto), no Cartoon Network, “O show dos Looney Tunes”. Trata-se de uma nova série de 26 episódios inspirada no programa produzido pela Warner Bros. entre 1930 e 1969 - a Era de Ouro da animação americana -, e que popularizou uma imensa lista de personagens emblemáticos como Piu-Piu, Frajola, Taz, Ligeirinho e Gaguinho. No antigo desenho animado eles eram protagonistas de curtas próprios e, às vezes, entravam na história do outro. Agora o formato é de sitcom de 30 minutos, com cada um deles fazendo participações especiais em episódios isolados.
No novo programa, Pernalonga e Patolino moram juntos e são melhores amigos. Eles se dão bem apesar das diferenças: o primeiro é sereno, irônico e companheiro, enquanto o segundo é atrapalhado e folgado, daqueles que não paga nem a comida chinesa do delivery. Só faltou um sobrinho na história ou eles serem nerds para ficarem iguais à “Two and a half men” e “The big bang theory”, as comédias mais populares dos EUA - ambas produzidas pela Warner, por sinal.
A mudança no formato mostra que a produção está preocupada em adequar a série para o (novo) público acostumado a consumir “animações”, não “desenhos animados”. O traço dos personagens está mais infantil, semelhante ao de Genndy Tartakovsky, o autor de blockbusters recentes do canal, como “O laboratório de Dexter” e “Star wars: Guerras clônicas”.
Por outro lado o roteiro está mais adulto, recheado de diálogos e referências culturais – o primeiro episódio brinca com uma cena do filme “Superman”. A lição de moral, sempre ela, aparece ao final de cada capítulo – uma novidade nos Looney tunes, que há mais de 40 anos não tinha preocupação alguma com o politicamente correto.
Essas alterações podem desagradar àquele fã mais saudosista que passou a vida rindo com as maldades sem limites de Piu-Piu com Frajola ou com os danos que os explosivos Acme causavam nos personagens. Mas esse expectador não foi totalmente ignorado pela produção, que manteve intacto o formato de dois curtas que fizeram sucesso no programa original.
“Merrie melodies”, um musical que deu origem ao show do Looney Tunes, aparece em alguns episódios, assim como as aventuras de Coiote & Papa-Léguas. A dupla agora está recauchutada, feita em computação gráfica e com tecnologia 3D.
Só não espere por pedaços do Coiate voando na frente de seu nariz.
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